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Uma doença ainda não identificada está causando mortes rápidas e preocupação na República Democrática do Congo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o surto é uma “ameaça significativa à saúde pública”.
Desde janeiro, 431 casos foram registrados, com sintomas como febre, vômito, diarreia, dores musculares e de cabeça, além de fadiga extrema. Portanto, a taxa de letalidade chega a 12,3%, com 53 mortes confirmadas. Muitos pacientes faleceram em menos de 48 horas após o início dos sintomas.
A doença surgiu em duas aldeias da província de Équateur. Em Boloko, três crianças menores de 5 anos morreram após consumirem a carcaça de um morcego. Elas apresentaram sangramento nasal e vômito com sangue, sintomas semelhantes aos de febre hemorrágica. Outras quatro crianças da mesma aldeia também morreram.
Em menos de duas semanas, um segundo surto foi relatado na aldeia de Bomate. Até meados de fevereiro, 419 casos e 45 mortes foram confirmados nessa localidade. A OMS enviou 18 amostras para análise, mas todas testaram negativo para doenças como ebola e marburg.
Testes laboratoriais adicionais são necessários para identificar o agente causador da doença. A OMS alerta que os dois surtos podem não estar relacionados. Além disso, a infraestrutura de saúde precária e a localização remota das aldeias dificultam o controle da situação.
Michael Head, pesquisador da Universidade de Southampton, destacou que surtos de doenças desconhecidas são comuns, mas a falta de diagnóstico rápido é preocupante. Ele ressaltou que a infraestrutura de saúde do Congo complica a resposta às emergências.
Enquanto o oeste do país enfrenta o surto misterioso, o leste está sobrecarregado com conflitos armados. Mais de 7.000 pessoas morreram este ano devido aos avanços dos rebeldes do M23, apoiados por Ruanda. A combinação de crises sanitárias e violência agrava a situação humanitária.