Segunda morte em caso de envenenamento choca Imperatriz

Evelyn Fernanda Rocha Silva, adolescente de 13 anos, faleceu nesta segunda-feira (22) em Imperatriz, Maranhão. A morte ocorreu exatamente cinco dias após o falecimento de seu irmão, Luís Fernando, de apenas 7 anos.

Ambos, juntamente com a mãe, Mirian Lira, haviam consumido um ovo de Páscoa supostamente envenenado. A mãe continua internada, porém com quadro clínico considerado estável.

Segundo informações divulgadas pelo Hospital Municipal de Imperatriz, onde Evelyn estava internada desde 16 de abril, a adolescente não resistiu a um choque vascular associado à falência múltipla de órgãos.

“Infelizmente o quadro clínico apresentou grave e rápida deterioração, sem resposta ao tratamento”, informou a unidade hospitalar em comunicado oficial.

Mãe das vítimas apresenta melhora após dias na UTI

Mirian Lira segue internada no mesmo hospital onde os filhos foram atendidos. Após passar vários dias entubada na Unidade de Terapia Intensiva, seu quadro apresentou melhora significativa.

De acordo com o último boletim médico divulgado nesta terça-feira (22), Mirian “apresenta boa resposta ao tratamento”. Caso mantenha a evolução positiva, poderá receber alta nas próximas 72 horas.

A mãe passou mal ao receber a notícia da morte do filho mais novo na madrugada do dia 17. Agora, enfrenta a perda de sua segunda filha enquanto ainda se recupera dos efeitos do envenenamento.

Ciúme e vingança motivaram crime, aponta investigação

A principal suspeita de envenenar o ovo de Páscoa é Jordélia Pereira, de 35 anos. Ela foi presa e transferida no último domingo (20) para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM).

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), Jordélia permanecerá no presídio à disposição da Justiça durante todo o curso das investigações.

A Polícia Civil do Maranhão aponta que ciúme e vingança foram as motivações para o crime. Jordélia é ex-namorada do atual companheiro de Mirian Lira, mãe das crianças falecidas.

“Os indícios levam a crer, através de vários pontos investigados, que o crime foi motivado por vingança, por ciúme, tendo em vista que o ex-marido da autora é o atual companheiro ou atual namorado da vítima”, declarou o secretário de segurança do Maranhão, Maurício Martins.

Suspeita confessa compra do chocolate, mas nega envenenamento

Em depoimento prestado na Delegacia Regional de Santa Inês, Jordélia confessou ter comprado o chocolate, mas negou ter colocado qualquer tipo de veneno no produto.

Apesar da negativa, a Polícia Civil afirma que existem indícios suficientes que apontam Jordélia como autora do crime. As autoridades continuam investigando para fortalecer as evidências.

“Há vários indícios que apontam claramente que essa mulher foi autora do crime. A polícia vai continuar trabalhando para robustecer esses indícios e apresentá-la ao Judiciário, para responder por esse bárbaro crime”, afirmou o secretário.

O caso segue sob investigação enquanto a comunidade de Imperatriz lamenta a perda das duas crianças em circunstâncias tão trágicas. As autoridades trabalham para garantir que a Justiça seja feita.

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