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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (24), durante entrevista à CBN Recife, que não há motivos para sua prisão e que, se ocorrer, será por “arbitrariedade”. Ele também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e reafirmou suas intenções políticas para 2026.
Bolsonaro declarou que uma possível prisão seria injusta e sem fundamento legal. “A prisão, ninguém gosta dela, e essa possível prisão, se ocorrer, será por arbitrariedade”, afirmou. Ele questionou a falta de um processo legal adequado e destacou que seu foro não deveria ser em Brasília, mas sim em primeira instância, como ocorreu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Se eu sou tão criminoso assim, por que não seguiu o devido processo legal? O meu foro não é Brasília, como o do Lula não foi, foi Curitiba. O meu foro, se fosse em Brasília, seria pelo plenário do Supremo e não por uma turma do Supremo”, completou.
Questionado sobre suas estratégias de defesa, Bolsonaro descartou a relevância das delações de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Ele argumentou que o processo deveria ser conduzido em primeira instância, conforme a Constituição. “O que eu gostaria que acontecesse é que a instância não fosse essa [primeira turma do STF]. A instância é a primeira instância. Onde Lula foi julgado, não foi Curitiba? Tá na Constituição o foro de ex-presidente? Não está”, afirmou.
O ex-presidente também criticou a atuação do STF, sugerindo que há uma tentativa de “tirá-lo de combate”. “Tão forçando a barra. O que é que eles querem? Me tirar de combate”, disse.
Durante a entrevista, Bolsonaro reafirmou suas intenções políticas para as eleições de 2026. Ele negou rumores de que estaria pensando em fugir do país e destacou que retornou ao Brasil após três meses nos Estados Unidos para “enfrentar” as acusações e buscar seu espaço político.
“Alguns dizem até que eu estou pensando em fugir, olha… eu estive nos Estados Unidos por três meses, poderia ter ficado lá, tive oferta para trabalhar lá, vim pra cá para enfrentar isso aqui e buscar realmente o meu espaço político para 2026. Eleição em 2026 sem meu nome é a negação da democracia”, afirmou.
As declarações de Bolsonaro ocorrem em um momento de intensa polarização política no Brasil. O ex-presidente enfrenta investigações no STF, incluindo inquéritos sobre supostas tentativas de golpe e atos antidemocráticos. Suas críticas ao Judiciário e sua defesa de que está sendo perseguido politicamente ecoam discursos anteriores, que já mobilizaram seus apoiadores.
Enquanto isso, aliados de Bolsonaro no Congresso têm buscado fortalecer sua base política, enquanto o governo Lula tenta consolidar sua agenda após um ano conturbado. A menção de Bolsonaro a 2026 indica que ele pretende manter-se ativo na política nacional, mesmo diante dos desafios jurídicos.
As declarações de Bolsonaro no Recife reforçam sua postura de confronto com o STF e sua determinação em permanecer na cena política. Ele nega qualquer motivo para sua prisão e critica o que chama de “arbitrariedade” do Judiciário. Com o cenário político ainda em ebulição, suas palavras devem alimentar debates e polarizações nos próximos meses, especialmente com o foco nas eleições de 2026.