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Doze dias após o início das investigações sobre o assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, o pai da adolescente, Carlos Alberto, passou a ser averiguado. A decisão foi tomada com base em depoimentos considerados controversos e em seu comportamento durante o desaparecimento da filha.
A Polícia Civil destacou que Carlos Alberto agiu de forma diferente do “esperado em um momento delicado”. Ele teria se preocupado em pedir um terreno para a família ao prefeito de Cajamar enquanto a filha ainda estava desaparecida. Além disso, um relatório de uma operadora de telefonia apontou que ele fez “diversas ligações para a filha” no dia do crime, informação que omitiu em depoimento.
A defesa de Carlos Alberto, representada pelo advogado Fábio Costa, classificou as suspeitas como um “absurdo”. Segundo o advogado, o pai da vítima não foi formalmente ouvido e cooperou com as diligências policiais. Ele também afirmou que Carlos não comentou sobre as ligações porque não foi questionado diretamente pelas autoridades.
Ainda de acordo com a defesa, Carlos Alberto está chocado com a morte da filha e colabora com as investigações. O advogado reforçou que não há evidências concretas que liguem o pai ao crime.
A linha investigativa também aponta uma relação conturbada entre Carlos Alberto e Vitória. A adolescente teria expressado o desejo de morar com a irmã, segundo depoimento de uma amiga próxima. Essas informações estão sendo cruzadas com outros dados para entender o contexto familiar.
O Setor de Investigações Gerais (SIG) de Franco da Rocha, responsável pelo caso, está analisando a quebra de sigilo dos telefones de Vitória e Carlos. O objetivo é esclarecer inconsistências nos depoimentos e encontrar possíveis ligações com o crime.
Nesta segunda-feira (10), a Polícia Civil realizou novas perícias e encontrou sangue em um Corolla prata. O carro pertence a Maicol Antonio Sales dos Santos, vizinho de Vitória, que o emprestou para o ex-namorado da adolescente.
A amostra de sangue será submetida a exames de DNA para confirmar se há relação com o crime. A descoberta é considerada um avanço significativo nas investigações.
A polícia segue analisando as evidências coletadas até o momento. Além do sangue no carro, os investigadores aguardam os resultados da quebra de sigilo telefônico. Essas informações podem revelar novos detalhes sobre o caso.
Enquanto isso, a família de Vitória aguarda respostas. A comunidade de Cajamar também acompanha atentamente o desenrolar das investigações. O caso chocou a região e reacendeu o debate sobre a segurança pública.