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Comemorado no mês de março, o Dia Mundial do Rim pretende alertar a população para a importância do controle de doenças como diabetes e hipertensão, que podem provocar lesões no órgão.
Ao deixar de funcionar corretamente, os rins perdem a capacidade de regular a água do organismo, de filtrar toxinas ou de realizar outras funções básicas.
O endocrinologista João Eduardo Salles, professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, explica a relação entre o diabetes e a doença renal crônica:
Sonora
(Um dos mecanismos principais é o descontrole glicêmico. A hiperglicemia crônica, quer dizer, o aumento da glicose por muito tempo favorece a perda da função renal, favorece com que o rim deixe de funcionar. E isso pode acontecer para quem tem diabetes do tipo 2 e para quem tem diabetes tipo 1. A glicemia alta aumenta o risco. Porém, para os pacientes que têm diabetes do tipo 2, existe um fator a mais além da hiperglicemia, que é a obesidade. Então, a obesidade favorece também, independente do fato de o paciente ter hiperglicemia, o risco maior de doença renal crônica. É importante controlar a glicemia e é muito importante também controlar o peso.)
No Brasil, aproximadamente 7% da população têm diabetes e muitos desses pacientes não sabem que correm o risco de ter doença renal crônica.
O médico chama a atenção para outras enfermidades que podem afetar o funcionamento dos rins:
Sonora
( É muito importante que os pacientes se controlem da pressão, porque isso pode levar a alteração renal também, algumas doenças autoimunes, alteração da próstata, alterações na presença de litíase renal, que são as pedras nos rins, e algumas má formações renais, que pessoa pode nascer com ela ou adquirir ao longo do tempo, como os rins policísticos. Um paciente que tem, por exemplo, hipertensão arterial e diabetes, ele tem que usar as medicações de forma correta, para que ele possa continuar o seu tratamento, mantendo a glicose e a pressão arterial compensadas.)
O endocrinologista João Eduardo Salles destaca a importância de empoderar o paciente para o cuidado das doenças crônicas:
Sonora
(São doenças silenciosas, hipertensão, diabetes, obesidade. São doenças silenciosas que na hora não causam tanto problema, mas com o passar do tempo esses problemas vão aparecendo e é por isso que a gente deve sempre tomar cuidado em manter os medicamentos e um bom controle das complicações relacionadas a essas doenças. O empoderamento do paciente passa por usar os medicamentos de forma correta, mas passa também no conhecimento das doenças. Então, quando ele mais conhecer de diabetes, de obesidade, de hipertensão arterial, que são as doenças que mais podem levar a alteração do rim, melhor para ele. Ele pode discutir com o médico o tratamento, então quanto mais conhecimento esse paciente tiver sobre as doenças e seu tratamento, ele vai ser muito mais empoderado para poder fazer o tratamento completo.)
Em todo o País, dez milhões de pessoas sofrem de doença renal crônica, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Na grande maioria das vezes, as lesões nos rins não causam sintomas e o diagnostico ocorre quando o quadro já é grave.
Fonte: Agencia Radio2