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O homem preso pela morte de Yara Karolaine Martins Neves, de 10 anos, confessou ter enforcado a menina após levá-la para sua casa em Água Boa, Minas Gerais. Yara estava desaparecida desde 4 de março e foi encontrada morta no último sábado (8), em um matagal próximo a uma ponte em São Pedro do Suaçuí, a 55 km de onde desapareceu.
O suspeito, de 56 anos, é motorista da prefeitura local e usou dois veículos oficiais para cometer o crime. Ele já teve um relacionamento com a mãe de Yara. Imagens de câmeras de segurança mostram o homem levando a menina em um carro branco da Secretaria de Saúde de Água Boa.
Em depoimento, o homem afirmou que viu Yara na rua Tiradentes e a convidou para comer pizza em sua casa. Ele disse que a intenção era manter relações sexuais com a criança, mas negou ter forçado a menina a entrar no carro.
“Ela disse que já me conhecia, que eu ficava com a mãe dela”, relatou o suspeito. Ele também afirmou que nunca teve contato físico com Yara antes do crime. Após chegar à casa, ele ofereceu R$ 50 à menina e a levou ao quarto.
Segundo o suspeito, após cerca de 40 minutos, ele percebeu que Yara poderia contar à mãe o que aconteceu. “O demônio subiu e eu apertei a goela dela”, confessou. Ele enrolou o corpo da menina em um lençol, colocou-a no carro da prefeitura e a levou até São Pedro do Suaçuí, onde abandonou o corpo.
Yara foi vista pela última vez entrando em um carro branco na noite de 4 de março. Uma amiga da menina enviou uma mensagem perguntando sobre o veículo, mas não obteve resposta.
O crime chocou a cidade de Água Boa, que tem apenas 12 mil habitantes. Quando a notícia da prisão do suspeito se espalhou, uma multidão foi até a casa dele pedir justiça.
A Prefeitura de Água Boa decretou luto oficial de três dias. Em uma publicação nas redes sociais, a administração municipal afirmou estar unida na busca por justiça. “A prefeitura não medirá esforços para colaborar com as investigações e garantir que os responsáveis por esse trágico acontecimento sejam encontrados e punidos com todo o rigor da lei”, disse o texto.
A Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos para determinar a causa exata da morte de Yara. As autoridades também investigam se outras pessoas estiveram envolvidas no crime.
O corpo da menina foi identificado pelo irmão, de 19 anos, que descreveu as roupas que ela usava: um vestido cor de rosa com detalhes brancos. Yara foi enterrada no domingo (9), em meio a comoção e tristeza da comunidade.
