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Na última quinta-feira, 20 de junho, um homem de 28 anos foi preso em Sairé, no Agreste de Pernambuco, por descumprir virtualmente uma medida protetiva e ameaçar de morte sua ex-mulher pelas redes sociais. Ele estava hospedado em um chalé quando foi capturado pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE).
O caso envolveu uma complexa investigação cibernética, conduzida com o apoio do Núcleo de Inteligência da PCPE. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 26 de junho, os detalhes da operação foram revelados.
Segundo as autoridades, o homem e a vítima foram casados por três anos e se separaram no início de 2024. O relacionamento terminou após repetidas ameaças, que levaram à emissão de uma medida protetiva contra ele. Em abril, a situação se agravou quando o suspeito envenenou o cachorro da ex-mulher, ameaçando que ela seria a próxima vítima.
Após sua prisão preventiva em maio e subsequente liberação no final do mesmo mês, com uso de tornozeleira eletrônica, o homem começou a persegui-la virtualmente. Ele criou perfis falsos nas redes sociais para continuar com as ameaças e difamações, inclusive vinculando a imagem da ex-mulher a sites de conteúdo pornográfico e apresentando-a como garota de programa.
O comportamento obsessivo do suspeito levou a vítima a desenvolver crises de ansiedade e outros transtornos psicológicos. O impacto das ameaças foi tão severo que ela teve que fechar temporariamente sua empresa, uma franquia de sorvete. Mesmo após buscar refúgio e proteção policial, ela continuou a receber ameaças e intimidações, com motociclistas sendo enviados à sua residência para assediá-la.
Com a intensificação das ameaças, a Polícia Civil intensificou a investigação e confirmou que as contas falsas eram de fato operadas pelo ex-marido. Diante disso, uma nova ordem de prisão preventiva foi emitida. Ele agora enfrenta acusações de descumprimento de medida protetiva, invasão de dispositivos eletrônicos, maus-tratos contra o animal da vítima e stalking.
A delegada especializada de Atendimento à Mulher, Yara Rodrigues, explicou que foi necessário reunir provas substanciais para garantir que o suspeito permanecesse detido. “Tivemos que ter provas de que se tratava do ex-companheiro da vítima. Fizemos uma investigação cibernética cuidadosa e obtivemos respostas afirmativas,” disse Yara.