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Uma mulher que procurou uma delegacia em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, para denunciar agressões do marido teve um desfecho inesperado e traumático. Debora Cristina da Silva Damasceno, de 42 anos, foi presa por engano ao ser confundida com uma mulher procurada por tráfico de drogas em Minas Gerais. O caso, que expõe falhas no sistema de justiça, gerou revolta e indignação.
Debora ficou três dias detida e só foi liberada nesta terça-feira (18/3), após a Justiça reconhecer o erro. O registro de ocorrência feito na delegacia confirma que ela estava machucada, com marcas visíveis das agressões sofridas. No entanto, mesmo apresentando os ferimentos, Debora recebeu voz de prisão devido a uma falha no mandado expedido pela Justiça de Minas Gerais.
A prisão de Debora ocorreu por uma série de equívocos. A mulher procurada por tráfico de drogas em Minas Gerais tem um nome semelhante, mas as diferenças entre as duas são evidentes. A verdadeira suspeita é oito anos mais jovem, não tem o sobrenome “Silva” e nasceu em Belo Horizonte (MG), cidade para a qual Debora nunca viajou.
A família de Debora tentou alertar as autoridades sobre o erro, destacando que a filiação e o endereço dela eram diferentes dos que constavam na ficha da suspeita. No entanto, a prisão foi mantida inicialmente, o que levou a vítima a passar três dias detida injustamente.
Na audiência de custódia, o juiz Alex Quaresma Ravache identificou as inconsistências no caso e determinou a soltura imediata de Debora. Em sua decisão, o magistrado destacou que o mandado de prisão foi expedido pela comarca de Belo Horizonte e encaminhou todos os documentos que comprovam o erro.
A Justiça mineira também emitiu uma certidão reconhecendo a falha ao incluir o sobrenome “Silva” no mandado de prisão contra a outra Débora, de Belo Horizonte. O documento confirmou que houve um equívoco e determinou a liberação de Debora, que finalmente pôde retornar para sua família.
Enquanto isso, a Polícia Civil informou que a investigação sobre as agressões sofridas por Debora está em andamento. As medidas protetivas solicitadas por ela foram encaminhadas, e o caso segue sob análise das autoridades. A vítima, que já enfrentava a violência doméstica, agora lida com as consequências de uma prisão injusta.
O erro na prisão de Debora levantou questões sobre a eficiência dos sistemas de identificação e a necessidade de maior cuidado na emissão de mandados. A família da vítima espera que medidas sejam tomadas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.
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